domingo, 22 de dezembro de 2013

VALENTINA - Parte 83


Invés de ficar sozinha naquele apartamento, foi para a fazenda de seus pais. Fazia um bom tempo que ela não sentia o cheirinho de fazenda que tanto gostava, apesar de que as lembranças de Thiago eram grandes lá.

            Henrique no dia 28, foi até o apartamento dela, mas foi avisado de que, ela não estava lá.

            - Ela foi pra fazenda dos pais. – Disse o porteiro.

            Ele foi até lá.

            - Tem alguém chegando! – Sua mãe disse ao ver o carro.

            Valentina saiu na varanda e logo reconheceu o carro. Ela esperou ele descer, e ir chegar até a escada que entra para a varanda.

            - O que faz aqui. – Valentina.

            - Precisamos conversar. – Henrique,

            - Não precisamos. Da última vez, não foi nada agradável. – Valentina dando as coisas, quando ela foi para fechar a primeira porta, ele a segurou.

            - Por favor me escuta. Eu errei e feio. – Henrique.

            Valentina o encarou. Passou por ele. E ele a seguiu. Foram andando, ela na frente e ele atrás. Até que a certo ponto, estavam frente à um lago, onde havia um banco embaixo de uma árvore.

            - Eu errei. Peço desculpas. – Henrique estava sentando ao lado dela, ambos olhavam para o lago que estava ainda mais belo, com o sol refletindo nele.

            - Era só isso? – Valentina.

            - Não! Preciso do seu perdão. Não sei onde estava com a cabeça, quando ofendi você. É que estava nervoso, com uns problemas e... – Henrique não terminou de falar.

            - E descontou em mim. Sabe Henrique... – Valentina agora olhava nos olhos dele. – Eu não guardo mágoa de ninguém, Meus pais me ensinaram que guardar raiva de alguém não é bom, nem para a saúde, para o coração e para a alma.

            Henrique suspirou fundo: - Posso ter a consciência limpa agora?

            - Pode. – Valentina.

            Henrique sorriu, sem graça.. : - Mas ter você não né?

            Valentina sorriu. Achou a pergunta engraçada.

            - Não precisa ficar com esse sorriso forçado. Já disse, já passou... Mas a segunda coisa que você quer... Melhor não. Quero ficar sozinha por um tempo, por as coisas no lugar.

            - Tá certo. Mas ao menos tê-la como amiga posso? – Henrique.

            - Pode. Estarei sempre aqui, pra ti ajudar. – Valentina que pegou na mão de Henrique.

            A certeza que Henrique tinha agora, que o “fim” era certeiro. Ele tentou conquista-la de todas as formas...

            Henrique era sim, um rapaz, um amor que todas gostariam de ter, mas uma coisa é certa, quando é pra ser, será... Se o seu caminho está traçado pelo destino e por Deus com aquele pessoa, passe o tempo que for, os seus caminhos se cruzaram...

            Este não era o caso de Valentina e Henrique.

 

            Valentina insistiu para ele ficar para o almoço, mas a vergonha de Henrique e a tristeza, por perde-la era grande... Ele queria ficar sozinho.

            - Eu agradeço, mas tenho que ir. – Henrique entrou no carro e partiu.

            Valentina ficou vendo-o ir embora. Não arrependia de ter conhecido ele. Ele ficaria em um lugar especial no coração.

            No carro, Henrique ouvia uma seleção de músicas... quando tocou aquela, sentiu uma dor no coração.

 

Vou dizer

Que nessas frases tem um pouco de nós dois

Que não deixamos o agora pra depois

Quando te vejo eu me sinto tão completo

Por onde eu vou

 

            “Porque meu Deus... porque não posso tê-la pra mim? “ – Pensava Henrique, mas ele desejava toda a felicidade do mundo para ela.

            Enquanto almoçava...

            - É três dias para o réveillon né minha filha? – Sua mãe disse.

            Valentina parou e pensou... “ Três dias para ver Lucas novamente”

Um comentário: