- Ei, pode respirar! – Maria Clara vendo que ele estava muito
tenso, e tentou quebrar o clima.
Lucas sorriu,
aquele sorriso sem graça...
- Eu não sei nem
que fazer, pra ser sincero! – Lucas passando as mãos pelo cabelo.
- Lucas, eu
jamais irei ficar com raiva de você, deixar de conversar com você. Se eu
fizesse isso, seria uma louca e idiota. Depois de tudo que você fez e faz por
mim? Serei grata à você para o resto da minha vida. Mas Lucas, a mulher sente
quando um homem não está a fim mais. E eu senti, desde o começo que você estava
tentando esquecer alguém. Não sei nada sobre essa outra pessoa, mas só deixo
uma pergunta pra você: será que você possui motivos suficientes para desistir e
não estar lá correndo atrás dela? Seja qual for sua decisão, irei apoia-lo.
Gosto de você sim, mas acima de tudo, gosto e abriria mão de você, só para vê-lo
feliz. – Maria Clara. Ela dizia tudo aquilo sem tirar o sorriso do rosto.
- E aí, alguém
aceita um suco? – Karina, que após ouvir toda a conversa, procurou uma maneira
de tirar seu filho da situação. Ela via no olhar dele a frustação, o desespero.
- Vou pegar! Quer
um copo Lucas? – Maria Clara se levantando.
- Não agora
depois eu tomo. – Lucas.
Karina se
assentou ao lado dele.
- Sabe, eu gostei
dela. Ela é muito corajosa e guerreira. – Karina se referindo à atitude de
Maria Clara quanto aos sentimentos dela pelo seu filho. – Mas... é como ela
disse, meu amor, você ... – Sua mãe foi interrompida.
- Não gosto dela
né? Tava tão na cara assim? – Lucas encostando a cabeça no colo da mãe.
- Você é sincero,
verdadeiro... por isso certas coisas, não dá pra disfarçar. Agora levanta e vai
comer. – Karina dando uma mordida na bochecha de Lucas.
Lucas sorriu e
pegou a Lucca, jogando-a para cima.
- Minha menina! –
Lucas dando um beijo em Lucca.
Apesar do
desabafo, após o almoço, o clima melhorou. Lucas pegou o violão, e com a ajuda
de Maria Clara, gravou um vídeo para as fãs.
- E aíi
minhaaasss gostosaaas. Tô aqui né? Em casa curtindo minha família, o pessoal
todo, e claro não ia deixar de desejar um Feliz Natal pras minhas gostosas!
Feliz Natal minhas lindas, que Deus possa aí, abençoar todas vocês e abençoar
também seus amigos e familiares. Aí, a minha outra gostosa aqui, a Lucca,
também quer deixar um beijo e Feliz Natal pra você. Fala Lucca. – Lucca deu um
latido. Lucas deu sua risadinha – Viram? Um beijão para vocês meu momozinhos! –
Lucas mandou um beijo para a câmara.
Assim que
publicou o vídeo, em instante já houve muitos compartilhamentos.
- É muito rápido.
Tem dois minutos que você publicou já tem 148 compartilhamentos e curtidas! –
Maria Clara visualizando pelo seu celular, enquanto Lucas estava no notebook. –
Lucas, eu e o Fernando já estamos indo.
- O que? – Lucas parou
de digitar.
- É! Estamos indo
já. Nós temos nossa família também, para vê-los, entregar alguns presentes. –
Maria Clara.
- Não é por causa
da nossa conversa de hoje de manhã não é? – Lucas.
- Não se
preocupe. Nossa amizade prevalecerá sempre. – Maria Clara estendendo a mão,
para um aperto de mãos.
Era estranho para
ela falar aquilo, já que o sentimento por ele era grande. Lucas também se
sentiu embaraçoso, mas queria estar perto dela... gostava dela como uma amiga.
- E oh, depois
quero conhecer a sortuda! – Maria Clara sorrindo e dando uma piscadinha,
enquanto se levantava e ia para quarto pegar suas malas.
Fernando e a irmã
se despediram de todos. Estavam satisfeitos e felizes pelo convite. Foi uma
noite maravilhosa.
No carro...
- Você já parou
pra pensar, que havia a possibilidade de você ter misturado seu sentimento de
fã com amor? – Fernando enquanto dirigia.
- Eu sei. Mas sei
também separa-los. O Lucas esse tempo todo nunca agiu comigo como o Lucas
Lucco, mas como ele mesmo. – Maria Clara que voltou a olhar para a janela.
- Já peguei tudo
né? – Paloma olhando suas malas na sala.
- Já, conferi
tudo que você pediu. – Valentina.
A campainha
tocou.
- Tá esperando
alguém? – Valentina.
- Não! – Paloma.
Valentina foi
abrir, para sua surpresa...
- O que você está
fazendo aqui? – Paloma.
- Posso entrar? –
Bruno com dois presentes nas mãos.
- Entra! –
Valentina.
- Desculpa estou
de saída. – Paloma indo pegar as malas.
- Por favor, me
escute! Por favor Paloma! – Bruno implorou.
- Vou lá pra
dentro! – Valentina.
- Valentina pra
você! Feliz Natal! – Bruno entregando.
- Nossa Bruno,
não precisava. Feliz Natal! – Valentina deu um abraço nele, e seguiu para o
quarto.
- Este é pra
você! – Bruno entregando.
Paloma estava tão
furiosa, que pegou o presente e colocou em cima do sofá.
- O que você quer?
– Paloma.
- Sei que não
será fácil, mas vou tentar até o fim. Eu te amo Paloma, te amo muito! – Bruno se
aproximando.
- Não se aproxima
de mim. Não! – Paloma alterando a voz.
- Paloma, você
não vê, não entende? – Bruno foi interrompido.
- O único aqui
que não entende as coisas é você Bruno! Você foi embora, quando mais
precisei... Você tinha escolha de ir depois, mas você foi. Tá tudo bem, até aí
eu entendo. Mas e aquelas fotos sua com aquelas mulheres, um mês depois? Como
entender aquilo? Como? – Paloma.
- Paloma ah
aquilo não foi nada, sei lá... – Bruno.
- Como não foi
nada? Enquanto aqui eu havia enterrado meu irmão há 90 dias, o seu melhor
amigo... Eu sofria, e você lá com as gringas? Você mesmo foi se afastando de mim.
No início você era presente, depois foi esfriando, esfriando, e aí as fotos, as
farras... – Paloma.
- Paloma! – Bruno
segurando o rosto de Paloma com as duas mãos – Eu sei que errei. Errei feio,
mas você sabe o que tu significa pra mim. Você sabe que te amo muito!
Paloma retirou as
mãos dele de cima dela: - Mas só que o meu sentimento por você, já não existe
mais.
Bruno ficou
paralisado.
- Eu acho melhor
você ir, eu estou indo trabalhar e você está me atrasando. – Paloma que foi
abrir a porta.
- Você está
dizendo isso da boca pra fora Paloma. – Bruno.
- Bruno, eu não
tenho raiva de você, não sinto nada por você. Entende que a nossa história teve
um fim. Não dá, eu não consigo voltar, não consigo sentir todo aquele amor de
antes por você! Por favor vá! – Paloma
Bruno olhou nos
olhos dela se foi.
Paloma bateu a
porta e caiu aos prantos. Valentina ouvindo a porta bater, saiu do quarto e
encontrou a amiga sentada, ali mesmo, encostada na porta, chorando.
Valentina apenas
se sentou ao lado dela. Paloma encostou sua cabeça no colo dela e desabou em
prantos.
- Calma! Vai
passar! – Valentina abraçando a amiga.
Paloma e
Valentina eram amigas, irmãs, porto seguro uma da outra...
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