terça-feira, 19 de novembro de 2013

VALENTINA - Parte 66


- O que você tá fazendo aqui? O que faz no meu churrasco de formatura. – Paloma parecia que via um fantasma.

            - Eu estou de volta definitivamente! – Bruno.

            - Só faltava essa! – Paloma passando as mãos no cabelo.

            - Ei Valentina, como está? Linda como sempre ! – Bruno dando um abraço em Valentina.

            Valentina por sua vez, ficou sem ação, e retribuiu o abraço desajeitadamente.

            - Olá! – Valentina sorrindo, sem graça.

            - E você não vai me dar um abraço? – Bruno.

            - Você tá de brincadeira né? – Paloma saindo, mas Bruno a puxou pelo braço.

            - Porque? Eu fiz um mal à você? – Bruno.

            - Você ainda pergunta idiota! – Paloma empurrou Bruno, ele caiu na água da piscina, e ela saiu, em direção à suas coisas, pegando-as rapidamente.

            Os amigos que estavam na companhia de Bruno, riu do amigo.

            - O que eu fiz pra ela Valentina? – Bruno gritando.

            - Talvez seja o fato de você voltar do nada. – Valentina que saiu correndo atrás da amiga.

            Paloma tentava abrir o carro, mas estava tão nervosa, que não conseguia.

            - Calma! Calma Paloma! – Valentina.

            - Você viu? É ele Valentina, é ele! – Paloma começou a chorar.

            - Você nunca esqueceu ele Paloma! – Valentina acabava de ter certeza do que sentia, quanto aos sentimentos de Paloma à Bruno.

            - Vamos embora por favor! – Paloma entrando no carro que foi aberto por Valentina.

            Paloma arrancou o carro, cantando pneus.

            - Calma Paloma. Diminuiu a velocidade por favor. – Valentina ficou com medo.

            Aquele grito de Valentina, fez com que Paloma tomasse a consciência e parasse de acelerar.

            - Ele não devia ter voltado! – Paloma olhando para estrada.

 

            Naquele domingo a noite, Valentina se despediu de todos, voltava para Espanha. Não queria deixar a amiga naquele estado, mas era preciso.

            - Fica bem tá? – Valentina se despedindo.

            - Não se preocupe! – Paloma abatida.

            Como não se preocupar? Valentina preocupava-se demais, até mesmo com novo trabalho dela... Paloma era sua amiga, irmã, confidente. Ela era parte de sua vida, não suportava ver a sua “lora” triste.

           

 

            Segunda-feira...

            Paloma estava ainda abatida. Pegou voo logo cedo, precisava estar em Sorocaba às 09horas. Estava contente, pois iniciaria uma nova fase. Ao ver seu ídolo, ali, se levantando e sorrindo para si, os problemas, todos foram esquecidos. Seu sonho se realizava.

            - Minha lora favorita! – Lucas abraçando-a.

            Aquele abraço, lhe transmitia tanto carinho, que se tornava forte com ele.

            - Ei! – Paloma não conseguia disfarçar.

            - O que minha gostosa lora tem? – Lucas.

            Além da volta de Bruno, o jeito que Lucas também a chamava, de “lora”, lembrava Valentina e a saudade lhe batia forte no coração.

            - Ele voltou! O Bruno voltou Lucas! – Paloma.

            - Sério? – Lucas arregalando os olhos.

            - Sério! – Paloma se assentando ao lado de Lucas, colocou  a bolsa no seu colo, e encostou a cabeça no amigo e ficaram ali conversando, até que os documentos do contrato terminassem de ser impressos.

            - Buuuuuuuuu! – Leandro assustando os dois.

            Lucas assustou pouco, mas Paloma se assustou demais e não viu quem era.

            - Ahhhh! Idiota! – Ela gritou, estava nervosa, triste... emoções a flor da pele.

            Leandro ficou olhando para ela, sem graça.

            Quando Paloma o encarou, viu o que havia feito: falou mal do irmão do seu ídolo.

            - Leandro! Poxa! Me desculpa! É que... – Paloma totalmente sem graça.

            - Ah! Liga pra esse mané não Paah! O que você faz aqui “meu fi” – Lucas abraçando o irmão.

            - Ah! Vim ver você poxa. Vim com o tio! – Leandro. – e a nervosinha aí quem é?

            Paloma olhou sarcasticamente para ele. Ela jamais fora nervosinha com alguém sem conhecer, e se odiava por ter sido, justamente com ele.      

            - A lora nervosinha é minha nova assistente e minha amiga Paloma! – Lucas olhando para ela e depois para o irmão sorrindo.

            - Hum! – Leandro sorrindo.

            - Gata demais né? – Lucas falando baixinho e dando um tapa na cabeça do irmão.

            Paloma tentava ouvi-los, mas falava tão baixinho... Estava encantada com o sorriso do Leandro. “Mais bonito pessoalmente” – Pensava Paloma.

            Era a primeira vez que Paloma e Leandro se encontravam pessoalmente.

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