COISA E TAL - Parte 17

Patos de Minas era uma cidade bacana, Alana, olhando as pessoas, sentiu nelas, uma positividade bacana.
- Chegamos! Agora vamos procurar o tal hotel! - João Miguel no volante. Eram 9:30 naquela manhã do dia 07.
André estava no banco de trás... dormindo. Os ensaios nos dias anteriores com a banda que tocariam com eles e a arrumação das malas para a viagem, não deixaram ele descansar. Alana estava tão ansiosa, que não conseguiu dormir durante a viagem.
Após 25 minutos, rodando na cidade, eles conseguiram achar o hotel. A reserva já estava feita, em nome da produção Lucas Lucco.
- Me belisca! - Alana falando para André. os três estavam dentro do elevador.
- Se eu beliscar, vai ser forte, e vai doer. - André rindo. Ele estava com a cara amarrotada de sono.
- Sei lá, às vezes eu tenho medo, de isso tudo, ser coisa da minha cabeça... De que eu esteja sonhando. - Alana.
- Não é não tá? E para com essa coisa de beliscar, você precisa estar ainda mais linda hoje. É apenas a realização dos seus sonhos, você batalhou por isso, você é talentosa Lana. - João Miguel.
André só observava eles.

Após a viagem, eles tomaram um banho, almoçaram e foram descansar. Por volta de 16 horas, quando Alana, começou a arrumar os seus cabelos, João enviou uma mensagem para ela.

Mensagem - João Miguel.
Está dormindo? Queria lhe entregar uma coisa.

Mensagem de Alana
Não. Pode vir aqui. Estou dando um jeitinho no meu cabelo.

Após alguns minutos, bateram na porta.
- Não repara meus bob's. - Alana.
João Miguel sorriu ao vê-la assim.
- Tudo bem não vou reparar. - João Miguel se assentando na cama. - Queria lhe dar isso, pra você usar hoje. - João entregando o pacotinho para ela.
- João!!! - Alana surpresa e "brava" com ele. - Pra que isso?
- Pra você. Abre. - João Miguel.
- Mas, pode parar. - Alana abrindo.
- Ah, para, é só uma lembrancinha, de parabéns pelo seu sucesso. - João Miguel.
- Que lindaaaaaaaaaaaaa! - Alana. Era uma correntinha de estrela.- Muito, muito obrigado! - Alana dando vários beijinhos no rosto dele.
- Que bom você gostou. - João Miguel.
Eles ficaram ali conversando, até que a hora chegou, e João foi se arrumar. Alana também.
21:00 Alana estava atrasada. André e João Miguel estavam na recepção, a qual estava movimentada.
Dois minutos após a ligação de André, ela apareceu, após o elevador abrir as portas. Os pararam de conversar na hora que a viram, Estavam de boca aberta. O vestido, caiu perfeitamente no corpo dela. Ao mesmo tempo menina e mulherão.

- Bora? - Alana passou por eles, saindo porta a fora.
Todos estavam olhando para ela. Ela estava muito bonita.
João não conseguia para de olhar para ela, e André, percebendo isso, apenas ria.Mas ele também, queria admira-la.
Chegando ao local do show, eles foram para o camarim. A banda, já estava lá.
Alana estava tensa. Sua mão suava, João Miguel, tentava acalma-la ... Até que do nada, ele a puxou, e a abraçou.
- Você está me apertando. - Alana.
- É pra ver, se você fica quieta e relaxa. Vai me abraça. - João Miguel.
Alana nunca recebeu um abraço daquele, vindo dele.
André, apareceu na porta, e viu a cena.
- Bora Alana, é agora! - André.
Alana foi se afastando dele. Ele segurou seu rosto e disse: Boa sorte! Olhando em seus olhos...
O sorriso dele ascendeu a chama que estava pequena no seu coração. Ela sorriu e se foi.
A abertura do show, foi sensacional. Alana estava cada vez mais profissional. Durante o show, ouviu muito "linda". E ela estava... sua simpatia então?
João acompanhou tudo de perto. Lá em cima do palco.
- Foi perfeito! - João falou com ela assim que saiu do palco.
Alana estava nervosa ainda, porque o pessoal da produção, logo chamou ela para o camarim para explicar como seria a sua parte, no show com Lucas.
- Toma uma água respira! - Alessandro no camarim com ela.
- Tá. - Alana pegando o copo da mão dele.
- Fica nervosa não. Você é top. - Alessandro.
- Obrigado Alê. - Ela sorriu. - Que lindo...Vish perfeitoooo.. começou! - Alana cantou.
- Quer ir lá ver um pouquinho? - Alessandro.
- Posso, meu momento de fã? - Alana.
- Claro! - Alessandro foi até com ela lá. João e André acompanharam também.
Alana dançava, chamando a atenção dos meninos da produção. Dyego não parava de olhar para ela.
- Vamos voltar, você não pode cansar muito! - Alessandro disse no ouvido dela.
Alana fez um "joinha" e foi para o camarim.
A partir dali, a 25 minutos, ela se apresentaria com ele...

COISA E TAL - Parte 16

- Agora aquele bobão vai ficar sabendo de tudo? - André não concordando com a noticia dada por Alana.
- André, deixa de ser fresco. Se o João não oferecesse a carona pra gente, eu queria ver como iriamos. Porque eles vão pagar nós só depois do show. - Alana.
Alana havia falado para André que João Miguel se ofereceu para leva-los à Patos de Minas. O mesmo não sabia, que eles necessitavam e muito de um meio para poder chegar até lá.
- Vou ter que ir sufocado pelas suas babas no carro então? - André.
- Palhaço.. há ha há ha - Alana.
Os dois ensaiaram durante toda a sexta-feira, aproveitando-se que não tinha aula na faculdade.

Os dias passavam rápido,  Alana e André intensificavam nos ensaios. Ensaios que aproximou André e João Miguel... Pois João, sempre estava procurando estar perto dela.
 - Agora nos restam apenas mais sete dias. Passou voando esse mês de maio. - Alana, sentando -se no sofá da casa de André.
- Verdade. - André.
- Bom, agora vocês tem que relaxar. Anima uma pizza hoje? - João Miguel olhando para os dois.
- Eu nem morto, quero dormir. - André.
- Tô cansada também. - Alana, que queria dizer sim.
André olhou para ela, viu a sua expressão facial, e reconheceu que ela estava mentindo.
- Você estava querendo comer pizza ontem Alana. Vai. - André.
Alana olhou para ele, irônica.
- Vou precisar ir em casa tomar banho. - Alana.
- Eu também irei em casa. Ti pego depois disso. - João.
- Tá bom. - Alana.
João Miguel se levantou para ir embora. Como Alana sempre reclamava que ele a levava aos lugares, não quis leva-la agora em casa.
- Ti pego depois... hummm só quero ver. - André.
- Eu ti arrebento a cara, seu pastel. - Alana.
- Você estava querendo ir, estava fazendo figa. - André.
Alana olhou para ele e sorriu.

Como combinado, João foi até a casa dela. Como não estava pronta, ele ficou conversando com sua mãe.
Passado alguns minutos, lá estava ela, com um vestidinho simples, mas que a deixou encantadora.
João apenas a olhou, dos pés a cabeça, despediu-se da mãe dela, e saíram no carro.
Na pizzaria...
- Faz tempos que não fazíamos esse tipo de coisa né? Só nós dois. - João Miguel.
" Só nós dois" ahhh, Lucas veio nos pensamentos dela naquele momento.
- É verdade. - Alana sorriu.
- Mas me conta, está saindo com alguém? - João Miguel.
Alana surpreendeu pela pergunta e disse: - Meu tempo está muito corrido, para isso.
João não continuou com o assunto, como queria, pois a pizza chegou e eles foram comer.
Grande parte do tempo que passaram lá, reviveram momentos do passado... O que fez com que cada um deles, sentisse a falta um do outro.
Na porta da casa dela...Ainda dentro do carro.
- Senti sua falta! - João Miguel olhando para ela.
- Eu também! - Alana sorriu e deu um tapinha na cabeça dele... - Bocó. - Ela abriu a porta do carro e saiu para fora rapidamente.
- Você me paga Alana! - João Miguel sorrindo e gritando de dentro do carro.
Alana só deu um Tchauzinho para ele, sorriu e entrou.

João Miguel quando entrou em casa, encontrou sua mãe na cozinha.
- Sorriso é esse? - Ela perguntou, pois ele entrou sorrindo e se assustou com ela lá.
- As coisas da vida mãe!- João Miguel deu um beijo na bochecha dela. Subiu para o seu quarto, tirou a roupa, vestiu um short e ficou pensando...

COISA E TAL - Parte 15

Alana se levantou cambaleando.
- Bebeu? - João Miguel rindo.
- Quem:? Eu? Eu não! - Alana.
- Vish.. gaguejou fudeu hein? Não é assim que o Lucas diz? - João Miguel.
Alana ficou olhando para ele, achou engraçado a brincadeirinha dele. Ao mesmo tempo, voltou com seus pensamentos para si... Mas a dúvida ficou: porque justo agora que a dor já tinha se cicatrizado ele volta?
- Está indo para casa? - João Miguel.
- Sim! - Alana.
- Entra no carro, deixa eu ti levar. - João Miguel.
- Vai voltar com a mania, de sempre me mandar entrar no carro? - Alana.
João Miguel sorriu, e não insistiu. Alana estranhou, no fundo queria que ele insistisse.
- Então tchau! - João Miguel se dirigindo até o carro.
- Tchau! - Alana seguiu a pé.
Ele passou por ela, e lançou para ela, um olhar...

Durante aquela semana, estranha, como pensava Alana... Ela se aproximou como nos velhos tempos de João Miguel. Enquanto André? Não se falaram até que ele a procurou, na quarta-feira à noite.
- Pensei que não iria mais falar comigo! - Alana ao abrir a porta.
- Me desculpa! Vir pedir desculpas. - André.
- Desculpas de que? Só achei que tu surtou por causa de algo simples. Mas nem ligo. Entra, tenho que ti contar, quem se aproximou de mim nessa semana. - Alana pegando na mão de André.
Minutos depois a ouvindo.
- Já falei, esse João, só ti faz sofrer. Não quero ver você suspirando pelos cantos não. - André.
- Eu sei, mas sei lá, ele que tá diferente comigo. Tá mais amoroso ainda. - Alana.
- Sei, só quero ver isso no final. -André balançando a cabeça.
Os amigos conversavam, quando o telefone de André tocou.
- Como? Dia 07 de julho? Claro que podemos sim. Mas primeiro tenho que conversar com o produtor do evento. - André.
 Alana ficou apenas observando.
- Vocês já conversaram. Então para nós está tudo ok. Tá ok. (Silencio) Ok. Até mais! - André desligando o telefone.
- Show?
- É. Era o assessor do Lucas.. o - André sendo interrompido.
- O Alê? - Alana deu um salto no sofá.
- É, convidando nós para show do Lucas dia 07 do mês que vem, em Patos de Minas. - André.
- Ai meu Deus! Morri! - Alana se jogou no sofá, com a almofada na cara.
Tudo aquilo era um sonho. Ele a chamou... Eles cantariam juntos. Ela e seu ídolo.

COISA E TAL - Parte 14

Alana ao retornar para a sua casa, não encontrou a sua mãe. A qual já havia saído para o trabalho.
Ao deitar no sofá, dentre alguns segundos levantou, estava inquieta, precisa falar com alguém...
- Vem aqui pra casa por favor?! - Alana.
- O que foi? Aconteceu algo? - André.
- Nada de grave. - Alana tranquilizando-o.
Dentre 10 minutos, André chegou.
- O que foi? - André.
- Senta, que a bomba é forte!
André se assentou, com a expressão facial, um pouco sombria. Alana sabia assustar ele.
Minutos depois.
- Você o que? - André se levantou, não acreditava no absurdo que ouvira. - Alana, você tem noção do que você fez? - André sério.
- Eu sei, mas não fiz por querer. - Alana.
- Alana, mesmo assim. Você me conta rindo? Era pra você estar chorando, você vê seu ídolo sem roupa, sem nada e você rir? Ele no minimo deve tá pensando que você é uma louca, desnaturada. - André se direcionou à porta. - Pra mim chega! Tchau! - André foi embora.
Alana estava totalmente sem graça, séria sentada no sofá.
André enquanto caminhava para a sua casa, ficou pensando no que havia dito à ela. Ele sentia ciúmes até do perfume dela.

Lucas, enquanto estava no avião, com Willi, ao seu lado, estava pensativo, até que ...
- Ou, tu não aparecer peladão na minha frente mais não né? Pelados só em Gramados! - Willibaldo rindo.
O amigo e parceiro de banda, sabia fazer-lo sorrir.
- Não se preocupe. - Lucas que voltou à olhar pela janelinha, enquanto um filme se passava em sua cabeça.

Naquela tarde, daquele mesmo dia, Alana, foi até uma pracinha, à alguns quarteirões da sua casa. Sentada, olhando a luz refletir nas águas da lagoa, só sabia lembrar do ocorrido e de como o Lucas Lucco era tão Lucas como as pessoas. Ou seja, ele se aproximava das pessoas, não como artista, mas como Lucas, uma pessoa amiga e humilde.
Em seu carro, passando por lá, ele a avistou, parou e foi até ela. Apesar de que estavam a muito tempo sem conversar, saberia que ela não negaria... E naquele dia, ele precisava de alguém para isso.
- Pensando na vida? - Aquela voz, e aquela pessoa se assentando ao seu lado, lhe assustou, fazendo Alana dar um pulo no banco.
- Ai que susto menino! - Alana colocando a mão no peito.
- Me desculpa! - João Miguel sorrindo.
Alana vendo-o sorrir, esqueceu como era lindo seu sorriso.
- O que faz aqui? - Alana.
- Estava passando e vi você aqui. Vim dizer um "oi" e ... - João Miguel estava com a voz entalada.
- Você está  não está bem! E lhe conheço! Brigou com a Bianca? - Alana.
- Vim de lá agora, pegar algumas coisas que estavam com ela. Nós terminamos. - João Miguel.
- Mas já? - Alana soltou sem querer. - Me desculpe! - Alana colocando a mão na boca, arrependida pelo que disse.
- A minha mãe não foi muito com a cara dela, e ela percebeu. Ela ficou chateada mas estávamos bem. Mas ontem, foi a gota d'água, minha mãe foi atrás dela e conversou... Conversou não, brigaram. - João Miguel.
- Como assim? Porque? - Alana surpresa.
- Minha mãe sempre reclamava que eu dava uns presentes caro que a Bianca pedia, disse que ela não é mulher pra mim, e que não inspira confiança. - João Miguel.
- Mas não é sua mãe que namora com ela, é você! Você que tem que tomar as atitudes e mostrar pra ela que você gosta dela. - Alana.
- Pra ser sincero, venho notado algumas coisas que me fazem crer que ela tem outro. Minha mãe foi só um pretexto pra ela terminar comigo. - João Miguel.
- Sério? - Alana olhando para ele.
- Sério. E fico me perguntando, porque não podemos gostar de quem gosta da gente? Será que sempre vai ser assim? - João Miguel olhou no fundo dos olhos dela, que brilhavam por olhar para ele e pelo reflexo do sol.