segunda-feira, 3 de março de 2014

COISA E TAL - Parte 06

- É Coisa e Tal do Lucas. - Alana tomando um copo de água em seguida.
- Que Lucas? - João Miguel.
- Ah, um cantor sertanejo gostoso aí, ele que canta, a Princesinha, Foi Daquele Jeito. - Bianca.
João Miguel olhou para Bianca, surpreso.
- Ele não é só gostoso Bianca, é um ótimo cantor. - Alana.
- Ah, mas ele não deixa de ser lindo. Você é fã dele? Você disse como fosse. - Bianca.
- Sim, algum problema? Meu repertório, é cheio de músicas dele. - Alana.
André, riu da "tirada" dada por Alana.
- Não. Eu gosto das músicas que conheço. - Bianca sorriu sem gracinha.
- Bom... é.. - João Miguel ficou perdido, diante, à situação. - Passei aqui só pra ti cumprimentar, eu a Bianca, já estamos indo, ela quer curtir uma baladinha hoje.
- Tudo bem. Obrigado por vir. - Alana.
- Por nada. E parabéns. Você está linda hoje também. - João Miguel sorrindo.
Alana, sentiu as borboletas de seu corpo mexerem.

Eles se foram, e Alana suspirou fundo, sentando-se no puf.
- Admiro a sua coragem, força, pra enfrentar esse tipo de situação. Ver  cara que tu gosta, admira, com outra. - André.
- Eu também, não sei onde tiro essa força Dê. - Alana, chamava André assim quando estava triste.
O dono do bar, entrou  na sala.
- Vamos lá. Casa tá lotada. - Dono do bar.
Alana voltou para o palco, animando os presentes, com arrocha. Quando estava quase finalizando o show, atendeu o pedido do público, tocando "Boate Azul". Todo o bar, cantava junto com Alana.
Eram 23h58min, quando Alana, estava no ponto de ônibus com André.
- Dinheirinho que recebemos hoje, vai ajudar e muito. - André.
- Nem me fale, vai dar pra pagar as contas desse mês e dos outros dois meses. - Alana.
Os dois amigos conversavam, quando o carro, conhecido para Alana parou em frente à eles. O vidro desceu, era João Miguel.
- Achei que teria mais show. Levei a Bianca embora, ela não se sentiu bem. E estava voltando pra cá. Querem uma carona. - João Miguel.
Alana não queria aceitar, mas pelo estado de André, com aqueles equipamentos pesados, ela aceitou.
- Onde ele mora? - João Miguel perguntou para Alana, que olhava pelo vidro a rua.
- Moro há quatro quarteirões da Alana. É na rua da escola sabe? - André respondeu.
- Sim. - João Miguel.
Todos seguiram em silencio.
João Miguel, deixou André em casa primeiro.
- Obrigado João. Até mais. - André.
- Quer ajuda aí? - João Miguel.
- Não, não precisa. - André que desceu do carro.
Assim que entrou em casa, João Miguel arrancou o carro. Passados dois quariteirões, ele parou o carro e o desligou.
- Eu não ti levo em casa, enquanto você me disser, o que você tem. - João Miguel sério.
- Mas eu não tenho nada. - Alana.
- Tem sim. - João Miguel.
- Então vamos ficar toda a noite aqui, olhando um pra cara do outro. - Alana.
- Viu? - João Miguel
- O que? - Alana. Ela se virou para a janela, para não encará-lo.
- Que você tem algo, que está acontecendo alguma coisa. Você nunca me deu, ou daria uma má resposta assim, se não estivesse acontecendo algo. - João Miguel.
Alana continuou olhando para a janela, sem dizer nada.
- Alana?! - João Miguel tocou no ombro dela.
Ela não conseguiu conter o choro. As lágrimas desceram.
- Você está chorando? - João Miguel.
Alana abriu a porta do carro e saiu.
- Alana! - João Miguel saiu atrás dela.
Ele conseguiu alcança-lá e segura-lá.
- O que está acontecendo? Eu posso ti ajudar. - João Miguel.
- Você não pode! Você não pode. - Alana nos braços dele, foi escorregando, até que os dois caíram no chão.
- Ei, olha pra mim, eu posso ti ajudar assim. - João Miguel tirando os cabelos pretos que estavam entrando dentro da boca dela.
- Não pode João...não pode. Você que é o problema pra mim. - Alana.
- Eu? - João Miguel ficou preocupado.
- Será que você não vê? Que eu amo você... - Alana, o choro dela foi mais forte.
João Miguel ficou sem ação.
- Desde o dia que ti a primeira vez, senti algo, que eu fiquei sem entender. Com o tempo, que fui conhecendo você, vi que você era especial. Tentei buscar em outros o que vi em você, mas eu não consegui. Quando você me falava das outras, eu jamais queria que você terminasse com elas, mas queria tanto você pra mim. E no primeiro dia de aula, eu não acreditava... era muito pra mim, ti te perto todos os dias. Não dá, João, não dá... De longe, eu aguentaria ver você com outra, mas de perto, não consigo aceitar. - Alana.
João Miguel se levantou, passando as mãos pelo cabelo. Alana ficou sentada, ali no chão.
- Volta pro carro. - João Miguel.
- Eu não quero. - Alana se levantou e saiu andando.
João Miguel deixou-a ir. Mas a acompanhou, distante, com o carro, para ver se ela chegou bem em casa.
Ele estava confuso, sua amiga, aquela que ele tinha como uma irmã, gostava dele, como homem.

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