sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

VALENTINA - Parte 89


- Você tem show hoje não? – Valentina após ter tomado um banho. Os dois estavam no quarto dela do hotel.

            - Não só amanhã. – Lucas.

            Bateram na porta, com certeza era o pedido que fizeram. Valentina se levantou. Lucas não tirou os olhos dela.

            - Tá olhando pra onde?- Valentina rindo e descendo seu short, que havia subido, por estar deitada em sua cama.

            Lucas deu sua risadinha.

            Valentina recebeu as coisas. Lucas se levantou para ajudá-la, já que viu que havia muita comida.

            - Nu, vai sobrar muita comida. – Lucas.

            - Vai mesmo. Onde é o show? – Valentina.

            - Amanhã? – Lucas

            - Aqui mesmo, mas é em Goiana . – Lucas.

            - Hum! Hummm isso aqui tá muito bom!. – Valentina comendo um pedaço da torta de frango.           

            Lucas pegou outro pedaço, e enfiou na boca de Valentina.

            - Abre! Come! – Lucas colocando na boca dela.

            Valentina começou a rir, pois já havia outro pedaço enorme.

            -Para! – Valentina tentando engolir e morrendo de rir. Sem querer, a risada sendo mais forte, pedaços de frango voou na regata de Lucas.

            - Nu! – Lucas se afastando e rindo. – Sua porca! Agora fala : fa-ro-fa! – Lucas rindo.

            Valentina estava vermelha de tanto rir.

            Eram 23h56mint quando Lucas se levantou da cama, onde estava deitado ao lado dela, conversando, se conhecendo...

            - Vou ir dormir! – Lucas se espreguiçando.

            - É.. ah.. – Valentina gaguejando. – Você precisa dormir né? – Valentina.

            - É. E amanhã, nem vai dá pra eu ti ver né? Você vai sair 04 horas da manhã. – Lucas.

            - Sim. Tenho que estar em São Paulo, às 07h. Meu voo sai, nesse horário. – Valentina.

            - Então ... vou deixar um abraço e um até breve. – Lucas abraçando ela.

            “Só um abraço? “ – Valentina em seus pensamentos esperava mais.

            “ Ai, caramba!” – Lucas pensando. Ele estava querendo beija-la.

            - Então boa viagem. E fica com Deus! – Valentina abrindo a porta mas não tirando os olhos dele.

            - Fica com Deus também e se cuida lá. Se agasalhe direitinho e todas aquelas paradas lá. – Lucas.

            Valentina riu. Lucas saiu do quarto pra fora, para o corredor. Se virou e olhou para ela.

            - Então eu vou. – Lucas.

            - Então até mais né? – Valentina olhando para ele sem graça.

            Lucas sorriu e deu as costas para ela, seguindo em frente ao seu quarto. Valentina esperou ele dar 4 passos, viu que ele não voltava, fechou a porta.

            - Não é possível. – Valentina ajeitando os cabelos em rabo.

            Lucas se virou, voltando, mas a porta estava fechada.

            - Já? – Lucas espantado com a rapidez para fechar a porta. Ele foi para bater, mas preferiu voltar. Ele estava agindo como se fosse a primeira vez que se apaixonava. O poder que Valentina tinha sobre ele, era maior do que ele pensava.

 

            Valentina embarcou, rumo à Espanha. Durante toda a viagem esteve calada.

            Até o imenso frio, fazia lembrar dele, dos seus conselhos. Valentina sentada, preparando um editorial, sorriu, ao lembrar... “Se agasalhe direitinho e todas aquelas paradas lá.” Alejandro que estava perto dela, admirou o sorriso dela, e a observava durante todos aqueles dias, após a viagem.

            - Você voltou estranha depois do dia 15. Hoje já faz, o que, 5 dias e você tem hora que sorrir e depois está triste, preocupada. O que está havendo Valentina. Convivi esses quase 6 meses com você e percebi muita coisa em você Se abre comigo, além de ser seu chefe, me veja como um amigo que você pode compartilhar as coisas. Já que todos os seus familiares não estão aqui. – Alejandro.

            - Alejandro, você simplesmente não existe. Claro, que além do profissional vejo você como amigo... – Valentina sorriu e se abriu para ele.

            Alejandro a ouvia e ficava admirado como os olhos dela brilhavam quando falavam dele.

            - Você quer muito ir né? – Alejandro.

            Valentina ficou sem graça, ao ter que admitir.

            - Vá garota. – Alejandro sorrindo.

            Valentina se levantou rapidamente... Só sabia abraçar e agradecer Alejandro.

 

 

 

 

 

            Henrique buscava distância de Valentina, na tentativa de esquecê-la. Mas quando a vontade de vê-la batia forte em seu peito, ele ficava revendo o trabalho que ela realizou como modelo para sua casa de show.

            - Henrique, a moça, para fazer a entrevista está aí. – Milane.

            - Pode falar com ela pra entrar. – Henrique.

            - Senhorita! – Milane convidando a moça.

            Henrique estava ajeitando alguns papéis sobre a mesa, e nem reparou quando ela entrou. Sem querer, ele deixou cair as folhas no chão. Imediatamente ele se levantou, ainda não olhando para o rosto da jovem, e foi pega-las. A jovem, também foi ajuda-lo pegando a última folha, que havia caído perto dela. Henrique pegando todas as folhas, lançou o olhar para as mãos que estendiam para ele a folha. Ele a olhou nos olhos.

            - Aqui! – A jovem.

            - É.. obrigada, senhorita? – Henrique.

            - Ana Carolina! – Ana Carolina estendendo as mãos.

            - Prazer Ana Carolina, Henrique. – Henrique apertando a mão dela.

            Ana Carolina sorriu. Era a primeira vez que Henrique via um sorriso bonito, além de Valentina. A jovem era agradável, transmita simpatia, em seus sorriso e por detrás daqueles olhos azuis, escondiam uma grande mulher... que Henrique ficou curioso e fascinado em conhecê-la, depois daquela troca de olhares.

 

            Maria Clara após o tratamento, que respondia bem, continuou com sua rotina normal. Buscando aprender para ajudar a quem precisa. Foi convidada para estagiar em um hospital. Em poucos dias, muitos estavam encantados com a meiguice dela e o carinho dela com os pacientes. Inclusive o médico residente que se encantou por ela, apesar de que se conheceram de forma errada. Maria Clara, em seu primeiro dia de estágio assim que chegava à entrada do hospital, trombou com ele, o Doutor Eduardo, o qual estava apressado e esbarrou nela. Como estava sem identificação, sem seu uniforme, Maria Clara não viu que se tratava de um médico. Ela ficou aborrecida, mas obteve surpresa ao fim doa dia, quando foi conhecer seu chefe.

            - Você? – Maria Clara ao entrar na sala.

            - Uma bela maneira para nos conhecermos né? – Eduardo sorrindo.

            Maria Clara sorriu. Era muita coincidência ou ironia do destino para ela.

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